
O que é TEA?
- isadora domingos das neves
- 21 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 23 de abr.
Você sabe o que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
O TEA, ou Transtorno do Espectro Autista, é uma condição que afeta o neurodesenvolvimento e impacta a forma como a pessoa se comunica, se comporta e interage com o mundo. O termo "espectro" é usado porque os sinais e sintomas variam muito de pessoa para pessoa — não há uma única forma de ser autista.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 100 crianças está dentro do espectro autista. No Brasil, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas vivam com o diagnóstico.
Como identificar o TEA?
Os sinais do TEA geralmente aparecem nos primeiros anos de vida, mas há casos em que o diagnóstico só ocorre na adolescência ou vida adulta. Os principais indicativos são:
Dificuldade em manter contato visual ou interações sociais;
Atrasos ou dificuldades na fala e na comunicação;
Preferência por rotinas e resistência a mudanças;
Comportamentos repetitivos ou movimentos estereotipados;
Sensibilidade aumentada a estímulos (luz, som, toque, etc.).
É importante reforçar que o autismo não é uma doença e, portanto, não há "cura". No entanto, com o acompanhamento adequado e o suporte correto, a pessoa com TEA pode desenvolver sua autonomia e viver com dignidade e inclusão.
Quais os direitos da pessoa com TEA?
A legislação brasileira oferece diversas garantias para assegurar a inclusão social e o respeito às necessidades das pessoas com autismo. A principal delas é a Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana), que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Essa lei determina que a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência, o que amplia o acesso a diversos direitos previstos também na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).
Entre os principais direitos estão:
Educação inclusiva: acesso à escola regular, com adaptações e apoio especializado.
Atendimento prioritário: em serviços públicos e privados, como hospitais, bancos e repartições.
Tratamento gratuito pelo SUS: acompanhamento multiprofissional com psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, entre outros.
Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CIPTEA): documento que facilita o acesso aos direitos e agiliza o atendimento prioritário.
Transporte público gratuito: em diversos estados e municípios, mediante laudo e regulamentação local.
Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS): para famílias de baixa renda, quando preenchidos os critérios legais.
Advocacia inclusiva: mais do que direito, respeito
Garantir os direitos da pessoa com TEA vai muito além da letra da lei. É uma questão de respeito, inclusão e justiça social. Como advogada, acredito que a informação é o primeiro passo para mudar realidades e combater o preconceito.
Se você é mãe, pai, cuidador ou tem dúvidas sobre como garantir os direitos de uma pessoa com TEA, estou à disposição para orientar com sensibilidade e compromisso.
Referências:
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